Os
Palestinos vêm sendo oprimidos e vitimizados pelo mundo Árabe desde
1948. Eles têm sido atacados, expulsos, massacrados e despojados de seus
direitos básicos como cidadãos por muitos países Árabes do Oriente
Médio.
Abaixo,
um cronograma de eventos e incidentes de abuso e discriminação
significativos, perpetrados por Árabes, que os Palestinos vêm
sofrendo desde 1948.
Todos os países Árabes, exceto a Jordânia:
Não
é consentida cidadania aos Palestinos nos países Árabes, de acordo com o
decreto 1547 de 1959 da Liga Árabe, "com a finalidade de preservar a
entidade Palestina e a identidade Palestina". Mesmo na Jordânia eles não
puderam mais se tornar cidadãos. (Houve algumas exceções: os cristãos
Palestinos no Líbano na década de 1950 e Palestinos nascidos de mães
egípcias em 2011.)
Os
Palestinos enfrentam severas restrições de viagem em todo o mundo
Árabe. Eles não recebem passaportes e seus documentos de viagem só são
aceitos por alguns países.
Palestinos não podem votar ou concorrer a cargos públicos nas eleições nacionais.
Crianças nascidas de pais Palestinos não obtém a cidadania nos países que lhes acolhem, violando o artigo 7 da Convenção sobre os Direitos da Criança.
Jordânia:
1967:
A Jordânia se recusou a permitir que Gazans que chegaram após a Guerra
dos Seis Dias se tornassem cidadãos jordanianos. Hoje, cerca de 165 mil
Palestinos na Jordânia não podem se tornar cidadãos e não recebem
qualquer serviço do governo.
1970: 3500-5000 Palestinos mortos e 20 mil Palestinos expulsos, seus acampamentos demolidos, nos eventos do Setembro Negro.
1988:
A Jordânia revogou a cidadania de milhões de Palestinos da Cisjordânia
quando eles declararam sua "independência". Como de costume, esta ação
foi justificada como sendo para o próprio bem dos Palestinos.
2010: A Jordânia continuou a revogar a cidadania para outros milhares de Palestinos
2012: A Jordânia passou uma lei eleitoral que efetivamente limitou o número de membros Palestinos no Parlamento para menos de 10%
2013: A Jordânia colocou os refugiados Palestinos da Síria em campos especiais dos quais eles não podem sair, separados de outros refugiados, e mandou centenas ou milhares de volta para um futuro perigoso na Síria.
2014: Aos Palestinos já cidadãos ainda são negados direitos iguais
no serviço militar, na obtenção de bolsas de estudo universitário e
para admissão em algumas universidades públicas, entre outras áreas.
Egito:
1948:
Colocou todos os refugiados Palestinos que chegaram ao Egito em
acampamentos, obrigou os homens a voltarem à Palestina para lutar.
1949: Expulsou todos os Palestinos dos campos egípcios para Gaza. Muito poucos Árabes Palestinos permaneceram no Egito.
1950: O Egito recusou qualquer presença da UNRWA em seu território, relegando-a para Gaza.
1949 - 1956: Os Palestinos que permaneceram no Egito foram impedidos de obter educação formal e emprego.
2013: Centenas de refugiados Palestinos da Síria foram colocados em prisões ao tentarem entrar no Egito.
2013
- até os dias atuais: O Egito efetivamente fechou a fronteira de Rafah
com Gaza, limitando até mesmo a viagem de pacientes para hospitais,
aprisionando efetivamente 1,7 milhões de Gazans.
Líbano:
1950 -1958: Documentos de viagem apenas eram emitidos em um único sentido, para que os Palestinos deixassem o país
1962: Palestinos foram classificados como "estrangeiros":
73 categorias de trabalho foram proibidas para Palestinos até 2010; agora existem "apenas" 50 postos de trabalhos proibidos para eles.
Eles ainda são proibidos de trabalhar como médicos, jornalistas, farmacêuticos ou advogados.
Eles não têm permissão para construir novas casas, possuir propriedades, ou de nem mesmo reparar suas casas.
A lei marcial é imposta nos campos de refugiados. O Exército controla a entrada e a saída de pessoas.
Frequentam apenas escolas para Palestinos "estrangeiros"
Não
têm permissão para viver fora dos campos de refugiados, que por sua vez
não podem se expandir. A população nos campos é hoje três vezes maior
do que a sua capacidade,
Os Palestinos não tem permissão para criar organizações.
1975-1978: Pelo menos 5000 Palestinos foram mortos na guerra civil libanesa
1985-1988: Milhares morreram na chamada "Guerra dos Campos"
1995: Lei proibindo Palestinos sem visto
de entrar no país, e vistos não eram emitidos. Aqueles que foram
expulsos de países do Golfo não puderam retornar ao Líbano. (Lei
revogada em 1999.)
2005: Leis específicas
proibindo estrangeiros que não são "nacionais de um Estado reconhecido"
- Palestinos - de possuir propriedades. Aqueles que já possuíam alguma
propriedade não podem passá-las para seus filhos.
2007: 31,000 Palestinos ficaram desabrigados quando o exército Libanês destruiu o campo de Nahr el Bared.
2013:
Cerca de 50,000 refugiados da Síria receberam tratamento diferente de
outros refugiados sírios; vistos temporários dispendiosos e de curto
prazo efetivamente faziam deles criminosos
2013: O Líbano começou a barrar alguns refugiados Palestinos sírios na fronteira.
Kuwait:
1991: 400.000 Palestinos foram perseguidos e forçados a deixar o país.
Líbia:
1994 - 1995: 30,000 Palestinos expulsos, muitos foram demitidos de seus empregos e tiveram suas casas confiscadas.
Países
Árabes se recusaram a receber estes novos refugiados. Centenas ficaram
retidos no deserto ou no mar. Por fim a Líbia permitiu que alguns deles
ficassem, mas continuou ameaçando expulsá-los novamente. No final, cerca
de 15,000 foram forçados a ir para países Árabes, para os quais tinham
documentos, para países do Golfo e para nações ocidentais.
2011: Palestinos foram obrigados a pagar um tributo especial de 1.550 dólares.
2012: Na esteira da revolução e do colapso do sistema judicial, muitos Palestinos perderam seus lares, quando suas propriedades foram reivindicadas por outros.
Iraque:
Início dos anos 1950: Expulsões golpearam trabalhadores Palestinos, seguindo o exemplo da Arábia Saudita e da Líbia.
2005: Depois de Saddam Hussein perde o poder, os Palestinos do Iraque ficaram sujeitos a sequestros, a serem tomados como reféns e a serem mortos e torturados
por grupos armados. Zombados por políticos, cerca de 15.000 foram
forçados a deixar o Iraque. Milhares ficaram detidos em campos no
deserto entre o Iraque e a Síria, onde nenhum país Árabe lhes
permitiriam entrar.
Qatar:
1994: Recusou-se a conceder visto de trabalho para Palestinos.
Síria:
1970: Palestinos. não podem votar, não podem concorrer a cargos públicos, não podem possuir terras e não podem possuir mais do que um imóvel.
2005 - 2008: A Síria não permitiu a entrada ao país de milhares de refugiados Palestinos Árabes, que fugiam do Iraque.
2012 - tempos atuais: Cerca de 2,000 Palestinos morreram, até agora. na guerra da Síria. Cerca de 50 morreram de fome quando forças cortaram alimentos e água para o campo de Yarmouk.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Diga...