domingo, 14 de dezembro de 2014

Discriminação Árabe contra Palestinos


Os Palestinos vêm sendo oprimidos e vitimizados pelo mundo Árabe desde 1948. Eles têm sido atacados, expulsos, massacrados e despojados de seus direitos básicos como cidadãos por muitos países Árabes do Oriente Médio

Abaixo, um cronograma de eventos e incidentes de abuso e discriminação significativos, perpetrados por Árabes, que os Palestinos vêm sofrendo desde 1948. 


Todos os países Árabes, exceto a Jordânia: 

Não é consentida cidadania aos Palestinos nos países Árabes, de acordo com o decreto 1547 de 1959 da Liga Árabe, "com a finalidade de preservar a entidade Palestina e a identidade Palestina". Mesmo na Jordânia eles não puderam mais se tornar cidadãos. (Houve algumas exceções: os cristãos Palestinos no Líbano na década de 1950 e Palestinos nascidos de mães egípcias em 2011.)

Os Palestinos enfrentam severas restrições de viagem em todo o mundo Árabe. Eles não recebem passaportes e seus documentos de viagem só são aceitos por alguns países.

Palestinos não podem votar ou concorrer a cargos públicos nas eleições nacionais.

Crianças nascidas de pais Palestinos não obtém a cidadania nos países que lhes acolhem, violando o artigo 7 da Convenção sobre os Direitos da Criança.

Jordânia:

1967: A Jordânia se recusou a permitir que Gazans que chegaram após a Guerra dos Seis Dias se tornassem cidadãos jordanianos. Hoje, cerca de 165 mil Palestinos na Jordânia não podem se tornar cidadãos e não recebem qualquer serviço do governo.

1970: 3500-5000 Palestinos mortos e 20 mil Palestinos expulsos, seus acampamentos demolidos, nos eventos do Setembro Negro.

1988: A Jordânia revogou a cidadania de milhões de Palestinos da Cisjordânia quando eles declararam sua "independência". Como de costume, esta ação foi justificada como sendo para o próprio bem dos Palestinos.

2010: A Jordânia continuou a revogar a cidadania para outros milhares de Palestinos

2012: A Jordânia passou uma lei eleitoral que efetivamente limitou o número de membros Palestinos no Parlamento para menos de 10%

2013: A Jordânia colocou os refugiados Palestinos da Síria em campos especiais dos quais eles não podem sair, separados de outros refugiados, e mandou centenas ou milhares de volta para um futuro perigoso na Síria.

2014: Aos Palestinos já cidadãos ainda são negados direitos iguais no serviço militar, na obtenção de bolsas de estudo universitário e para admissão em algumas universidades públicas, entre outras áreas.

Egito:

1948: Colocou todos os refugiados Palestinos que chegaram ao Egito em acampamentos, obrigou os homens a voltarem à Palestina para lutar.

1949: Expulsou todos os Palestinos dos campos egípcios para Gaza. Muito poucos Árabes Palestinos permaneceram no Egito.

1950: O Egito recusou qualquer presença da UNRWA em seu território, relegando-a para Gaza.

1949 - 1956: Os Palestinos que permaneceram no Egito foram impedidos de obter educação formal e emprego.

2013: Centenas de refugiados Palestinos da Síria foram colocados em prisões ao tentarem entrar no Egito.

2013 - até os dias atuais: O Egito efetivamente fechou a fronteira de Rafah com Gaza, limitando até mesmo a viagem de pacientes para hospitais, aprisionando efetivamente 1,7 milhões de Gazans.

Líbano:

1950 -1958:  Documentos de viagem apenas eram emitidos em um único sentido, para que os Palestinos deixassem o país

1962: Palestinos foram classificados como "estrangeiros":
73 categorias de trabalho foram proibidas para Palestinos até 2010; agora existem "apenas" 50 postos de trabalhos proibidos para eles.
Eles ainda são proibidos de trabalhar como médicos, jornalistas, farmacêuticos ou advogados.
Eles não têm permissão para construir novas casas, possuir propriedades, ou de nem  mesmo reparar suas casas.
A lei marcial é imposta nos campos de refugiados. O Exército controla a entrada e a saída de pessoas.
Frequentam apenas escolas para Palestinos "estrangeiros" 
Não têm permissão para viver fora dos campos de refugiados, que por sua vez não podem se expandir. A população nos campos é hoje três vezes maior do que a sua capacidade, 
Os Palestinos não tem permissão para criar organizações.

1975-1978: Pelo menos 5000 Palestinos foram mortos na guerra civil libanesa

1985-1988: Milhares morreram na chamada "Guerra dos Campos"

1995: Lei proibindo Palestinos sem visto de entrar no país, e vistos não eram emitidos. Aqueles que foram expulsos de países do Golfo não puderam retornar ao Líbano. (Lei revogada em 1999.)

2005: Leis específicas proibindo estrangeiros que não são "nacionais de um Estado reconhecido" - Palestinos - de possuir propriedades. Aqueles que já possuíam alguma propriedade não podem passá-las para seus filhos.

2007: 31,000 Palestinos ficaram desabrigados quando  o exército Libanês destruiu o campo de Nahr el Bared.

2013: Cerca de 50,000 refugiados da Síria receberam tratamento diferente de outros refugiados sírios; vistos temporários dispendiosos e  de curto prazo efetivamente faziam deles criminosos

2013: O Líbano começou a barrar alguns refugiados Palestinos sírios na fronteira.

Kuwait:

1991: 400.000 Palestinos foram perseguidos e forçados a deixar o país.

Líbia:

1994 - 1995: 30,000 Palestinos expulsos, muitos foram demitidos de seus empregos e tiveram suas casas confiscadas. 
Países Árabes se recusaram a receber estes novos refugiados. Centenas ficaram retidos no deserto ou no mar. Por fim a Líbia permitiu que alguns deles ficassem, mas continuou ameaçando expulsá-los novamente. No final, cerca de 15,000 foram forçados a ir para países Árabes, para os quais tinham documentos, para países do Golfo e para nações ocidentais.

2011: Palestinos foram obrigados a pagar um tributo especial de 1.550 dólares.

2012: Na esteira da revolução e do colapso do sistema judicial, muitos Palestinos perderam seus lares, quando suas propriedades foram reivindicadas por outros.

Iraque: 

Início dos anos 1950:  Expulsões golpearam trabalhadores Palestinos, seguindo o exemplo da Arábia Saudita e da Líbia.  

2005: Depois de Saddam Hussein perde o poder, os Palestinos do Iraque ficaram sujeitos a sequestros, a serem tomados como reféns e a serem mortos e torturados por grupos armados. Zombados por políticos, cerca de 15.000 foram forçados a deixar o Iraque. Milhares ficaram detidos em campos no deserto entre o Iraque e a Síria, onde nenhum país Árabe lhes permitiriam entrar.

Qatar:

1994: Recusou-se a conceder visto de trabalho para Palestinos.

Síria: 

1970: Palestinos. não podem votar, não podem concorrer a cargos públicos, não podem possuir terras e não podem possuir mais do que um imóvel. 

2005 - 2008: A Síria não permitiu a entrada ao país de milhares de refugiados Palestinos Árabes,  que fugiam do Iraque. 

2012 - tempos atuais: Cerca de 2,000 Palestinos morreram, até agora. na guerra da Síria. Cerca de 50 morreram de fome quando forças cortaram alimentos e água para o campo de Yarmouk.

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